As grandes empresas que contestam dívidas com a Receita Federal e a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ganharam um mês para aderir ao
Programa de Redução de Litígio (Prorelit). A Medida Provisória 692,
publicada hoje (22) em edição extraordinária do Diário Oficial da
União, prorroga de 30 de setembro para 30 de outubro o prazo de adesão
ao programa.
O Prorelit permite a quitação de débitos com o uso de créditos
tributários em troca de as companhias desistirem de questionar as
dívidas na Justiça ou na esfera administrativa.
A medida provisória também reduziu a parcela inicial do Prorelit.
Inicialmente, o contribuinte poderia quitar 43% do débito à vista e
pagar o restante com créditos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que representam o
direito de empresas que tiveram prejuízo em um ano de conseguirem
desconto no pagamento dos dois tributos no ano seguinte. Agora, a
parcela inicial caiu para 30% a 36% da dívida total.
Quem optar por quitar 30% da dívida à vista em outubro, poderá pagar os
70% restantes com créditos tributários. A MP permite ainda que a empresa
quite 33% da dívida em duas parcelas – em outubro e novembro – ou pague
36% em três parcelas – em outubro, novembro e dezembro. O Prorelit foi
criado em julho, pela Medida Provisória 685, ainda em tramitação no
Congresso.
A MP 692 traz ainda a criação de alíquotas progressivas para o Imposto
de Renda Pessoa Física (IRPF) sobre ganhos de capital, cobradas quando
um bem comprado por um valor é vendido por um valor maior.
Prevista para gerar R$ 1,8 bilhão no próximo ano, a medida faz parte do
pacote fiscal anunciado pelo governo semana passada e estabelece
alíquotas adicionais de 20%, 25% e 30%, dependendo do valor de venda do
bem. Atualmente, sobre o IRPF de ganhos de capital incide apenas uma
alíquota única de 15%.
Fonte: Agência Brasil